NOVOS NEGÓCIOS – DIFERENTES PONTOS DE VISTA
Pontos de vista todos nós temos, não é mesmo? E, como dizia a minha avó: pontos de vista e nariz, cada um tem o seu. Quanto a isso, não existe a menor dúvida.
Mas existe um problema – e quando essas diferenças de ponto de vista são relacionadas ao empreendimento? Como agir? O que fazer?
Pense no empreendimento inicial como sendo quase “um bebê” aos seus sócios-proprietários. Afinal, assim como uma criança, um empreendimento deve ser planejado, cuidado e estimulado (além de, muitas vezes, tomar noites e finais de semanas inteiros em seus cuidados).
Tendo tanto tempo e energia despendidos em um empreendimento, é natural esperar algum tipo de resultado, certo?
Mas e quando esse resultado observado é diferente do que cada sócio queria? Mais: e quando cada sócio pretendia, com seu esforço, um resultado diferente? Em uma analogia tacanha: e se o pai estiver treinando um jogador de futebol, e a mãe, um futuro médico? Existe conciliação de ponto de vista? Existe como se criar um Sócrates (médico e também jogador de futebol)?
Vamos por partes. Como relatado no post sobre a constituição da “família” empreendedora, antes de se estabelecer uma sociedade, é importante que, além de afinidades pessoais, os sócios tenham os mesmos objetivos. Então, voltando ao exemplo anterior: você pode criar um médico/jogador de futebol? A resposta é: até pode, desde que ambos estejam combinados quanto a qual o esforço necessário para tanto.
Ou seja: é preciso existir, além da compatibilização de objetivos, uma visão muito clara do que é possível se obter. Em outras palavras, qual será o esforço demandado de cada parte para que os objetivos pretendidos no empreendimento sejam atingidos.
Por isso: sócios que só dizem “estar envolvidos” no empreendimento, mas não estão, de fato, tão envolvidos assim, não são sócios ideais. Para se criar uma criança (assim como para se criar um empreendimento), é demandado um esforço conjunto de ambas as partes, sob risco de uma parte se sobrecarregar e se frustrar. É importante que todos os sócios estejam de acordo com o que for planejado e estejam de fato envolvidos na ideia, tendo plena noção do que lhes será demandado para que os objetivos do negócio sejam atingidos.
Por isso, destaco que um critério fundamental para a abertura de um empreendimento é o objetivo comum e um autoconhecimento das partes muito grande. Afinal, se um empreendimento é aberto sem se ter noção de onde se quer chegar com ele, não se sabe do que de fato cada sócio “dá conta” de fazer e as chances de conflitos e fracasso são enormes.
Por isso, uma lição de casa: reflitam sobre quais os objetivos do empreendimento. Além disso, pensem: do que eu dou conta? Dou conta de trabalhar de sol a sol, segunda a segunda? Dou conta de lidar com a instabilidade? Dou conta de lidar com clientes insatisfeitos?
Vamos refletir sobre cada um destes pontos?
No próximo post desta caminhada sobre Novos Negócios, vamos falar sobre um fator muito importante para o empreendedor – qual estrutura ele tem para fazer o empreendimento funcionar?
Até mais!
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