INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL E AS EMPRESAS FAMILIARES

As Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC’s) empregadas como instrumento de gestão tem contribuindo significativamente para o rompimento das fronteiras mercadológicas ao ampliar a concorrência local à esfera global.
Nesse cenário, a Inteligência Artificial (I.A) já presente nas histórias de ficção científica (quem não se lembra do desenho “Os Jetsons”?) apresenta-se como protagonista na revolução da indústria e do mercado. Sundar Pichai, CEO do Google, afirma que, para a humanidade, a Inteligência Artificial é tão revolucionária quanto foram o fogo e a eletricidade.
O uso democrático da Inteligência Artificial por empresas de todos os portes para analisar dados em larga escala, prever o comportamento do consumidor, observar a dinâmica de preços, fornecer suporte às vendas, dentre outras aplicações já é uma realidade e uma tendência necessária para que as empresas e indústrias sejam competitivas.
O emprego dessas tecnologias acarretará uma infinidade de novos modelos de negócios gerando profundas transformações no mercado de trabalho, demandando profissionais com competências até então inexistentes. Nesse contexto, lança-se a seguinte questão: o modelo de negócios adotado pelas empresas familiares se sustentará sob essa nova dinâmica do mercado?
No Brasil, o cenário não é bom. Nos últimos anos, o país vem declinando na colocação do Índice Global de Inovação em que são avaliados quesitos como crescimento da produtividade, investimentos em pesquisa e desenvolvimento (P&D), Educação, exportações de produtos de alta tecnologia, dentre outros elementos. O país tem como agravante o fato de que a maioria das indústrias e empresas brasileiras não está preparada para utilizar a I.A. No país, o emprego dessa tecnologia tem sido motivado, sobretudo, para aumentar a produtividade, que se difere das motivações dos países desenvolvidos que já utilizam a I.A para reformular seus modelos de negócios.
Para fazer uso da I.A. nas organizações, os gestores devem, antes de qualquer ação, compreender os potenciais impactos gerados pelos avanços tecnológicos para então, se necessário, redefinir o modelo de negócios da organização, suas estruturas, funções e papéis exercidos pelos funcionários. Outros questionamentos se tornam necessários: Os profissionais que estão à frente das empresas familiares estão preparados? Possuem as competências necessárias para efetuar e gerir tais mudanças?
Inovar o modelo de negócios para atender às necessidades e às mudanças de comportamento dos clientes é fundamental em todas as organizações. Os modelos de negócios inovadores devem criar proposições de valor para as partes interessadas, desenvolvendo soluções que sejam lucrativas para os negócios e significativas para as pessoas.
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