As facetas do controle na Empresa Familiar

Os livros de administração sempre começam mostrando quais são as funções básicas do gestor, que envolve basicamente quatro atividades que devem ser exercidas simultaneamente e de maneira continua: Planejar, Organizar, Liderar e Controlar.
Quando uma destas funções não é desempenhada satisfatoriamente, as empresas começam a ter problemas sistêmicos que afetam seu equilíbrio e principalmente sua própria sobrevivência.
A função controle tem como propósito mensurar se aquilo que foi planejado está sendo efetivamente atingido. Ainda traz as informações necessárias para um processo decisório adequado.
A tecnologia da informação representa uma importante ferramenta para as empresas controlarem quase tudo: estoque, contas a pagar, contas a receber impostos comissões, metas, faturamento, lucro, etc.
As empresas familiares em especial, com o uso da informática podem controlar o que é tangível, mas será que conseguem controlar o que é essencial e intangível, como, por exemplo, o nível de comprometimento dos funcionários para com a empresa?
Sabemos que muitos familiares atuam como empregados nesse tipo de organização e nem sempre seus desejos, sonhos e objetivos estão em sintonia com aqueles estabelecidos ou seguidos pela empresa. A falta deste alinhamento que não pode ser controlado vai trazer desmotivação e atrito permanente entre esses colaboradores da família.
Não se consegue medir o potencial das pessoas, o que cada um traz dentro de si: dons, talentos, ambições etc. Poucas são as empresas familiares que realizam um mapeamento de competências, descrição de cargos e funções, buscando ajustar este verdadeiro quebra cabeças de colocar as pessoas certas nos locais corretos, potencializando as competências individuais.
Além destes aspectos mais subjetivos, não se deve esquecer de que ninguém gosta de ser controlado, e, na maior parte das vezes, nas empresas familiares, encontra-se situações onde o caixa da empresa se mistura com o caixa pessoal dos familiares; contas pessoais são pagas pela empresa e vice-versa.
Observa-se, em muitos casos, ausência completa de mecanismos básicos de controle nas despesas de viagem e vales pessoais, quando realizados por familiares, inexistência de relatório de prestação de contas do dinheiro da empresa; uma vez que os membros da família se julgam donos e, como tal, não precisam prestar contas de seus gastos.
Finalmente as modernas ferramentas gerenciais de informática podem trazer para as empresas familiares uma gestão moderna, evitando que os laços familiares interfiram negativamente na eficiência da organização.
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