Conflitos Familiares – O vilão das falências nas empresas familiares

De acordo com dados do Sebrae, no Brasil, 90% das empresas são consideradas familiares. Entende-se como empresa familiar aquela em que há parentes (pai, mãe, avô, avó, filho/a, sobrinho/a, neto/a, cunhado/a), entre os sócios e/ou empregados/colaboradores (com ou sem carteira).
Agora a informação mais surpreendente é que 65% das falências de empresas familiares são decorrentes de conflitos entre os membros da família e não por problemas com a concorrência do mercado.
Os principais conflitos na empresa ocorre quando se tem confusão de papéis dos membros da família ou da empresa, ou seja: quando as relações profissionais se confundem com as relações de parentesco ou o patrimônio da empresa se mistura com o patrimônio familiar.
Nos dias atuais as relações familiares são mais democráticas, diferentemente da rigidez que ocorria no passado, onde a figura do pai era autoridade máxima. Porém, essa liberdade não pode ser levada para dentro das empresas, ou seja: independente do grau de parentesco, os cargos e suas respectivas atribuições tem que estar bem claros para todos os membros da família e funcionários.
Outro fator importante é saber diferenciar os que são problemas da casa e os que são problemas da empresa. Muitas vezes, os conflitos que ocorrem em casa são transportados para dentro da empresa ocasionando muitos transtornos no dia-dia dos negócios.
Uma ferramenta poderosa que pode ajudar muito na busca da solução desses conflitos é a Mediação.
O processo de mediação pode contribuir muito para o restabelecimento da relação harmoniosa dentro da empresa.
A Mediação é um dos métodos adequados de solução dos conflitos e consiste num processo, conduzido por um terceiro, chamado Mediador, totalmente neutro, onde as partes são os protagonistas e os reais decisores.
Essa ferramenta auxilia para eliminar os ruídos que estão ocorrendo na comunicação, restabelecer a relação entre as pessoas, que foi rompida por diversos fatores, como por exemplo: orgulho, raiva, vergonha, mágoa, dentre outros e essa dificuldade na comunicação só aumenta as probabilidades de conflitos nas empresas.
Para tanto, o mediador deverá se utilizar de técnicas profissionais que o auxiliarão a interpretar os reais interesses de cada membro da família e as necessidades da empresa, para que juntos construam soluções viáveis para a continuidade do sucesso do negócio.
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