O presente é o futuro!

Quais são as opções da atual geração no comando da empresa quanto ao encaminhamento da próxima geração?
A nova geração vai precisar estar muito bem preparada para enfrentar a velocidade geométrica dos desafios e oportunidades contidos na tecnologia da inteligência artificial, dos investimentos socioambientais responsáveis, da automação cada vez maior de atividades físicas repetitivas com ajuda de robôs, entre outros assuntos. Trata-se de uma enorme gama de novas questões que não são mais difíceis do que as enfrentadas pelas gerações precedentes, pois estas, no seu tempo, tiveram que encarar semelhantes graus de dificuldade, e conseguiram avançar. Portanto, nada é impossível, o não é apenas uma ficção.
Na minha opinião, quando você não tem certeza, pergunte! Bom senso é fundamental. A primeira pergunta que me vem à mente é – ele entende o que o espera? Sabe quais são as oportunidades/desafios? Tem capacidade para extrapolar estrategicamente a situação atual? Consegue entender o seu papel e sua responsabilidade na sociedade? Consegue enxergar o todo?
Vou dar um exemplo: quem imaginaria que uma atividade de entrega de comida viria a se tornar um negócio multibilionário? Que carros trafegariam sem motoristas, que gasolina não seria mais necessária para mover a frota do planeta, que transações financeiras e comerciais seriam controladas inteiramente por Inteligência Artificial… O sucessor precisa estar a par do que está acontecendo no mundo, situar o futuro do negócio dentro deste contexto e, se necessário, saber como conduzi-lo para esse novo estado. Ele está preparado?
Como preparar a sucessão, do ponto de vista tecnológico, estratégico e de conhecimento? Uma coisa tenho certeza, o sucessor não é “obrigado” a trabalhar na empresa! A empresa muitas vezes é um mundo restrito em si, tanto pelo pensamento dos seus dirigentes/acionistas quanto das pessoas que trabalham há anos para aperfeiçoar, o que poderá ser uma morte em caixão de mogno.
O mais importante deste aprendizado é a jornada, e esta tem que ser desafiadora, começando pelas aplicações do conhecimento tecnológico e passando por experiências de trabalhar em equipe, em empresas do mercado, ter uma carreira marcada por erros e acertos que moldarão a personalidade e o estilo de liderança do futuro sucessor.
Quando falo em sucessão, não necessariamente estou me referindo somente a trabalhar na empresa. Ser um acionista majoritário requer o mesmo grau de conhecimento e curiosidade pelo futuro pois, em ambas as posições, gestor ou acionista, carrega-se uma enorme responsabilidade pela continuidade do negócio e do capital.
Na minha visão, o papel principal da atual geração no comando é dar oportunidades de aprendizado aos sucessores, tanto através da experiência real quanto pela absorção de conhecimento formal. A nova geração precisa encontrar sua vocação. E se não for na empresa da família, que seja, ao menos, preparado para exercer seu papel de acionista controlador.
Qualquer que seja o seu papel, o sucessor deve ter tido uma experiência rica de vida e estar atento para as oportunidades futuras, que já estão presentes!
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