7 dicas para gerir com sucesso uma empresa familiar

No Brasil, 90% das empresas são familiares, ou seja, suas atividades são geridas por parentes: pai, filho, avô, irmão, cunhado. E, infelizmente, a maioria enfrenta problemas de gestão. Isso acontece por diversos fatores: falta de uma gestão estruturada, inexistência de um plano de negócios, não desenvolvimento dos líderes e até mesmo dificuldades nas relações, visto que, separar a relação familiar do negócio é um grande desafio.

Com base nos estudos que venho realizando e com a experiência de atendimento em empresas de base familiar, vou apresentar 7 dicas que farão a diferença na sua empresa, mantendo seu funcionamento em equilíbrio e rentável:

• Definição clara dos papéis: saber separar as questões afetivas e emocionais das tomadas de decisão. Quando isso está bem definido, torna-se mais fácil tomar atitudes necessárias para o crescimento da empresa, pois foi definido e acordado antes. Isso ajuda a não levar as coisas para o lado pessoal.

 

• Abertura para mudança: cuidar da síndrome de Gabriela: “eu nasci assim, eu sou assim” é fundamental para a sobrevivência do negócio em um mundo dinâmico.

 

• Conhecer o perfil comportamental: isso é muito positivo, identificar a potencialidade de cada um na área correta da empresa e minimizar os conflitos. Existem técnicas para fazer esse mapeamento de forma assertiva com um consultor especializado.

 

• Cuidar das competências comportamentais: a empresa familiar foca muito em conhecimentos técnicos específicos da sua área de atuação, mas não investe tanto em desenvolvimento contínuo dos sócios e dos colaboradores, situação que vai na contramão das grandes empresas e pode prejudicar sua competitividade.

 

• Desenvolver a habilidade política: algo extremamente importante, pois na relação familiar podem existir os jogos de poder ou o medo de magoar alguém e isso, trazer impactos no seio familiar.

 

• Administrar a expectativa com os colaboradores: é comum criar um vínculo afetivo grande com os colaboradores pela estrutura ser menor e por muitos participarem do processo de fundação da empresa. Muitas vezes, pode existir uma confusão de sentimentos ao acreditar que esses colaboradores irão atuar como donos. Cuidar dessa expectativa evita frustrações e o risco de não tomar decisões necessárias.

 

• Manter a estrutura administrativa enxuta: ter uma equipe administrativa pequena é uma vantagem das empresas familiares que, muitas vezes, por dificuldades de gestão, se perdem. Cuidado para não começar a contratar profissionais na esperança que eles resolverão o problema sem as mudanças necessárias na gestão. Se a raiz do problema não for encontrada e tratada, ficar contratando pessoas só aumentarão as dificuldades de gestão.

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