Conflitos das Gerações X, Y e Z nas Empresa Familiares

Quando se tem confusão de papéis dos membros da família ou da empresa, ou seja: quando as relações profissionais se confundem com as relações de parentesco, a probabilidade de conflitos na empresa fica enorme.
Como as próprias famílias e as empresas em geral, as sociedades familiares passam por diversos desafios enfrentados nos tempos atuais. As pressões decorrentes da globalização, o desafio para planejar a sucessão do patriarca e a preparação de sucessores são obstáculos às empresas familiares.
Outro aspecto desafiador é a convivência de gerações diferentes e os conflitos originados dessa situação. Com o avanço da medicina a longevidade das pessoas tem aumentado ano a ano, o que possibilitou a
interação das diferentes gerações. Avós, filhos e netos estão convivendo ao mesmo tempo dentro do ambiente da empresa, porém cada geração tem experiências e expectativas diferentes.
A geração X (aqueles que nasceram no início de 1960 até o final dos anos 70), é o grupo que sempre foi considerada como um grupo de pessoas jovens, sem identidade aparente, que enfrentariam um mal incerto, sem definição, um futuro hostil. Um futuro pós-guerra, um tempo de incertezas e de guerra fria, de polarização entre o bem e o mal, entre Estados Unidos da América e União Soviética.
A Geração Y (que nasceram em fins dos anos 70 e início dos anos 90) foi a geração que desenvolveu-se em uma época de grandes avanços tecnológicos e prosperidade econômica. As crianças da geração Y cresceram tendo o que muitos de seus pais não tiveram, como TV a cabo, videogames, computadores, vários tipos de jogos, e muito mais. Se a geração X viu nascer a internet e a tecnologia, a geração Y já nasceu quando as mesmas estavam plenamente desenvolvidas, cresceram e internalizaram as mesmas desde pequenos.
As pessoas da Geração Z (que compreende os nascidos entre o fim de 1992 a 2010) são conhecidas por serem “nativas digitais”, estando muito familiarizadas com o compartilhamento de arquivos, com os smartphones, tablets, e o melhor de tudo: sempre conectadas. Muitos da geração Z, inclusive, trabalham de casa, é o chamado Home Office, seja em um emprego formal em uma empresa liberal ou informalmente, ganhando dinheiro com blogs, mídia, venda de anúncios YouTube, publicidade, etc.
Os principais conflitos entre as gerações são motivados pelas características tão diferentes entre si.
No ambiente de trabalho, por exemplo, é mais comum ter como gestor um funcionário da geração X, com vários anos de empresa e que já incorporou totalmente os valores e visão da mesma. Ele está no mesmo emprego desde que saiu da faculdade e se um dia perder aquele trabalho, por qualquer motivo que for, sentir-se-á sem rumo.
Este funcionário precisa gerir ao mesmo tempo seu analista (geração Y) que chegou formado há pouco tempo, cheio de novidades, ideias, multiplataforma e também o estagiário (geração Z), ainda na faculdade, introvertido, que só se manifesta quando formalmente convidado para tal e por tudo isso considerado desinteressado.
Juntando a tudo isso, existe ainda a relação familiar entre essas gerações que foram educadas de forma bem diferente, com liberdades bem diferentes e cobranças bem diferentes.
Desse modo, gerir tudo isso dentro de um ambiente de empresa familiar é realmente uma “arte”, pra poucos !
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