Pandemia e o Setor Sucroalcooleiro

2020, sem dúvida, não será esquecido. Ainda não possuímos tal dimensão, mas com certeza estamos vivendo um daqueles momentos que marcam a humanidade. Nós, brasileiros, começamos o ano de 2020 animados! A perspectiva era boa sob a ótica econômica, de acordo com o Paulo Guedes, ministro da Economia, o Brasil estava prestes a “decolar”, mas chegou a pandemia….
Em meio a um cenário incerto e desafiador, especialmente nos meses de maio e junho, alguns participantes do mercado chegaram a estimar, de acordo com Relatório Focus do Banco Central, uma queda no PIB superior a 10,00% para o ano de 2020.
Aos poucos, as projeções econômicas mais pessimistas se mostraram exageradas, os impactos da pandemia começaram a ficar mais claros, as empresas começaram a apurar os seus resultados e o que parecia um ano perdido, logo se transformou, para setores como o sucroalcooleiro, em um ano de bons resultados.
Favorecidas pelo valor do câmbio e do preço do açúcar, as receitas das usinas listadas em bolsa, apresentaram já no segundo trimestre um crescimento de dois dígitos. Juntas, Biosev, Raízen Energia e São Martinho alcançaram, no período, uma receita de 19,9 bilhões de reais.
Destaque no setor, a São Martinho soube aproveitar como poucos a alta do açúcar. Entre as listadas, a companhia foi responsável por 47% das exportações de açúcar no 1º trimestre da safra 2020/2021, a companhia viu, já no 2º trimestre da safra, o seu lucro caixa crescer quase 170%, quando comparado ao 2º trimestre da safra 2019/2020. Fatores adicionais, como o reconhecimento de precatórios, contribuíram, mas são fatores como o baixo custo, forte geração de caixa, flexibilidade da produção, preço do açúcar e a política de hedge da companhia que elevou o ânimo dos investidores.
O ano está apenas começando, mas sem dúvida, o setor terá muito a comemorar em 2021!
Gostou do texto? Curta!
O conteúdo foi útil? Compartilhe.