Análise de Custos e suas implicações na Empresa Familiar

A contabilidade de custos é o ramo da contabilidade que se destina a produzir informações para os diversos níveis de uma entidade, auxiliando as funções de determinação de desempenho, de planejamento, controle das operações e de tomada de decisões, o controle de custos coleta, classificando e registrando os dados operacionais das diversas atividades da empresa, denominados de dados internos, bem como coletando e organizando dados externos.
Para tanto, sendo que são empresas bem-sucedidas tratam a gestão de custos como forma de apoiar a estratégia e enxergam como uma maneira de investir para impulsionar o crescimento apresentados.
A Contabilidade de Custos envolve alguns tipos de gastos, com isso é relevante compreender a diferença entre eles, identificados no processo de atividade da empresa. Assim, de acordo como são utilizados pode conceituar tais gastos como: Gasto, Custos e Perdas.
A empresa familiar se caracteriza por ser uma organização em que tanto a gestão administrativa quanto a propriedade são controladas por uma ou mais famílias, onde os familiares participam da equipe de trabalhadores e na ocupação dos cargos da diretoria.
De acordo com Bruni e Famá (2009, p. 23) os gastos “consistem no sacrifício financeiro que a entidade arca para a obtenção de um produto ou serviço qualquer”.
Os métodos de custeio dos produtos são amplamente abordados na literatura pertinente e sua utilização pode tanto levar a empresa aos melhores resultados, como pode ocultar os valores reais e torná-la inviável. Assim, a empresa deve optar por um sistema de custeio adequado, o qual deve fornecer resultados coerentes de acordo com a sua utilização.
Para Perez e Oliveira e Costa (2001), a gestão de custos tem como objetivos principais:
− Apuração do custo dos produtos e dos departamentos;
− Atendimento de exigências contábeis;
− Atendimentos de exigências fiscais;
− Controle dos custos de produção;
− Melhoria de processos e eliminação de desperdícios;
− Auxílio na tomada de decisões gerenciais;
− Otimização de resultados.
Conforme Bórnia (2002, p.71), os custos que auxiliam nas tomadas de decisões, são os custos classificados como variáveis, sendo que a empresa já possui uma preparação em relação aos custos fixos. São custos para tomada de decisão a margem de contribuição, o ponto de equilíbrio, a margem de segurança, alavancagem operacional e o lucro.
A margem de contribuição segundo Martins (2003, p.179) é “[…] a margem de contribuição é a diferença entre o preço de venda e o custo variável de cada produto […] É a diferença entre a receita e o custo variável que cada unidade traz para a empresa”.
No entanto, Megliorini (2007, p.179) afirma que a margem de contribuição é a diferença existente entre a receita líquida da venda e a soma dos custos variáveis com despesas variáveis. É o valor das receitas deduzindo os custos relacionados às vendas, mais os custos e despesas variáveis.
A relação da Contabilidade de Custos como parte integrante do processo administrativo deve ser tratado com responsabilidade pela implantação do provimento dos registros dos custos dos produtos e dos dados para estudos de custos especiais que envolvem escolhas alternativas com relação aos produtos, operações e funções, assistindo dessa forma a administração em suas decisões com respeito às políticas de vendas, métodos de produção, procedimentos de compras, planos financeiros e estrutura de capital.
Quanto à sua utilização gerencial muitas possibilidades para o uso da contabilidade de custos como ferramenta auxiliar na tomada de decisões gerenciais, onde as mais comuns são relacionadas à fixação do preço de venda, ao cálculo da lucratividade de produtos, bem como à seleção do mix de produção. Nas organizações industriais, a elaboração das demonstrações contábeis de forma correta depende diretamente da avaliação do custo dos produtos acabados.
É altamente recomendado que os gestores analisem e verifiquem junto ao seu sistema de custeio utilizado se este atende as necessidades da organização. Se for necessário deve-se fazer um estudo se uma mudança de sistema de custeio não vem a ser uma alternativa viável que poderia trazer vantagens à organização.
A análise dos cenários de ambos os sistemas de custeio pode auxiliar o gestor a verificar qual dos dois métodos se assemelha mais com o objetivo da empresa e qual deles pode ser mais útil no momento para as necessidades da mesma. Pois, hoje em dia as organizações não optam apenas pela maior precisão no seu custo, mas também analisam se o custo benefício é válido, pois pode não ser viável uma mudança.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BÓRNIA, A. C. Aplicações em empresas modernas. 2ª ed – São Paulo: Atlas, 2009.
BRUNI, Adriano Leal; FAMÁ, Rubens. Gestão de Custos e Formação de Preços: com Aplicações na Calculadora Hp 12c e Excel. 5. ed. São Paulo: Scipione, 2009.
MARTINS, E. Contabilidade de custos. 9ª ed. – São Paulo: Atlas, 2003.
MEGLIORINI, E. Custos: análise e gestão. 2ª ed. – São Paulo: Person Prentice Hall, 2007.
PEREZ JR, J. H.; OLIVEIRA, L. M.; COSTA, R. G. Gestão Estratégica de Custos. São Paulo: Altas, 2001.
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