Série os desafios da adaptação: Liderança Adaptativa

Inconstância gera mudança que requer adaptação constante.
Esse é o fato mais relevante no contexto que vivemos.
Adaptações?… Sim! Novamente?… Sim! Ajustes?… Sim!
Mudanças constantes e, por muitas vezes, irrelevantes, mas o ciclo natural da vida consiste em um giro simples de tentativa, acertos e erros.
Onde nos perdemos? Quando paramos de tentar? Em que momento decidimos que é melhor estar seguro ao invés de tentar a evolução? Em qual base da nossa evolução construímos o pensamento e a ideia de que estamos bem onde estamos?
Complicado pensar não é? Complicado reavaliar conceitos, e você deve estar se perguntando, mas o que isso tem a ver com negócios, empresas familiares e liderança?
Tudo! Continue lendo e vamos caminhar juntos nessa jornada, prometo que não será mais um artigo, mas que você levará para sua vida como empreendedor, como empresário, como líder e como pessoa.
Iniciaremos revendo nosso conceito do que é liderança, ou seja, nossa visão de liderar, que vai além de status, poder, autoridade ou posição na empresa. Digamos que esse conceito é muito simplista. Sendo assim podemos dizer que liderança está diretamente entrelaçada a responsabilidade em mobilizar uma equipe/grupo para progredir frente há um objetivo, fazendo-os superar os desafios e divergências dessa caminhada.
O mais interessante nessa visão sobre liderança é que, para que eu possa mobilizar uma equipe, eu preciso entender que não possuo resposta para tudo, isto é, existem problemas que precisam ser compartilhados com a equipe, pois requerem uma visão mais ampla para solucioná-los.
Essa abordagem me remete a adaptação na Teoria de Darwin, quando nos leva a refletir sobre a importância de DEIXAR-SE EVOLUIR, ou seja, preciso estar disposto a ser levado através do processo, me adaptando ao percurso e evoluindo com ele e através dele, ou seja, apesar de ter um plano traçado, estarei disponível e disposto a abrir mão do que julgo ser o ideal para alcançar o perfeito através de novas visões e abordagens.
Essa jornada não é feita sozinha, apesar de partir do líder, é preciso caminhar com a equipe. No entanto, antes precisamos definir quais tipos de problemas enfrentaremos, que podem ser;
– Técnicos – são os problemas que sua competência e know-how podem solucionar.
– Adaptáveis – são os problemas que precisam de uma solução inovadora e de competências específicas, que provavelmente você e sua equipe não possuem.
Uma vez identificado os tipos de problemas (quando tratar-se de problemas adaptativos), é hora de chamar a equipe e mobilizá-la.
Aqui está a parte mais delicada do processo, o uso da base da Teoria da Evolução (já abordada em nosso artigo sobre negócios adaptáveis):
O que mantenho? O que descarto? E o que desenvolvo?
Por que esse é o momento mais delicado? Porque vai gerar conflito. O conflito é produzido a partir da decisão do que fica e o que sai dos processos e isso tem um impacto muito grande nos stakeholders. O impacto está ligado diretamente a zona de conforto e de como todos estão acostumados a executar esse processo.
Outro ponto de conflito que deve ser considerado será o processo de decidir quais novas competências precisaremos desenvolver, os novos caminhos que iremos traçar, as posturas e comportamentos que teremos que desenvolver a partir deste ponto. Nesse momento tocaremos em egos, suas próprias ideias e de quanto cada um quer se tornar importante nesse processo, e em tudo isso está incluso o percurso do líder também.
Ratifico que o conflito é bom, desde que o líder consiga gerir o desequilíbrio sustentado e consiga manter a temperatura e a pressão em alta, mas controlada. Lembre-se que crises ajudam um líder a mobilizar as pessoas.
Não se esqueça que ter aliados é parte fundamental do processo, assim como, controlar e gerir as mensagens que deseja transmitir, mas é essencial ouvir o que a sua equipe fala, tanto seus medos quanto suas ansiedades, isso te ajudará a compreender como deverá agir para evitar que a equipe se feche às mudanças e conseguirá fazer com que todos compreendam os benefícios positivos para a sobrevivência, além de fazê-los contemplar o novo ambiente que será bem melhor, seguro e produtivo.
Baseado no que abordamos acima, DEIXAR-SE EVOLUIR vai além de técnicas, mas está diretamente ligado há uma postura e visão individual de quem eu sou e quão seguro estou frente as minhas deficiências, mas também quanto as minhas qualidades.
Pense por um minuto e responda com sinceridade:
– O quanto você como líder, empresário e empreendedor, entende quem você é?
– Quais são as suas competências?
– O que te levou a estar onde está?
– Quais os medos que ainda te atormentam nessa posição?
– O que tem impedido você de abrir mão e compartilhar mais?
Lembre-se que para agir de forma adaptativa é necessário estar aberto às mutações que o processo exige, apesar de parecer impossível é só uma nova forma de olhar e se comportar frente às decisões diárias.
Pense em quais resultados alcançará quando encarar o negócio dessa forma, posso citar alguns para você:
- Aumento na competitividade
- Melhoria nos resultadas financeiros
- Diminuição do turnover
- Retenção de talentos
- Melhoria na cultura organizacional
- Aumento da satisfação interna
- Melhoria nos processos
- Diminuição dos custos operacionais
Esses são apenas alguns, desafio você a completar a lista dos resultados positivos para sua liderança, sua gestão e sua vida pessoal.
Como sempre indicamos, caso não se sinta capaz de fazer sozinho, essa é hora de buscar um aliado. Minha indicação é uma mentoria com pegada em gestão de negócio e metodologias ágeis.
Essa é a hora de romper com paradigmas de que mudança e inovação não são para todos!
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