Sustentabilidade Empresarial

O conceito de sustentabilidade aplicava-se, no âmbito empresarial, relacionado as questões ambientais e, principalmente, nos impactos causados pelas empresas no meio ambiente, tais como: poluição, resíduos, reciclagem, etc.
Deve-se ampliar este conceito para atingir-se organizações sustentáveis como sendo aquelas que tomam decisões baseadas em pilares de sustentabilidade, que inicialmente foram definidos por John Elkington na década de 1990, como sendo pilares: social, econômico e ambiental (triple botton line).
Estes três pilares precisam estar harmonicamente integrados em qualquer empresa para que esta seja sustentável, deste modo deve-se respeitar suas relações sociais internamente com os colaboradores e, externamente, com clientes e fornecedores, bem como ao longo de toda cadeia produtiva. O pilar ambiental, ao respeito das interações com o meio ambiente em todos seus aspectos, e finalmente o pilar econômico, que representa não só a garantia de um funcionamento com resultados, mas o respeito aos aspectos de preço e valores justos.
Esta temática de sustentabilidade vem ganhando amplitude global, principalmente com a Agenda 2030 da ONU – Organização das Nações Unidas, e suas ODS – Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis. Esta ação global vem trazendo para o dia a dia das empresas, compromissos de sustentabilidade nas diversas áreas empresariais e, principalmente, incorporando decisões empresariais com estes compromissos.
Atualmente uma nova nomenclatura vem ganhando espaço junto as empresas para estas ações de sustentabilidade empresarial, que se denominam ESG- Environmental, Social and Governance (Ambiental, Social e Governança), que significam as mesmas ações coordenadas dos pilares do Triple Botton Line. Não importa muito a nomenclatura utilizada, mas o conceito amplo da sustentabilidade empresarial, que incorpora uma nova maneira de pensar e decidir.
Conceitualmente, alguns autores como Garud e Gehman (2012) definem a existência de três tipos de perspectivas decisórias na direção da sustentabilidade: evolucionárias, relacionais e duracionais. A evolucionária depende da trajetória empresarial e baseia-se nas condições iniciais, juntamente com as contingências externas, os investimentos, e a tecnologia implantada, e que os aspectos de sustentabilidade são ocasionais e fortuitos.
A perspectiva relacional considera os esforços mútuos de todos os agentes internos e externos das empresas (stakeholders) em um processo continuo moldando-se e adaptando-se as organizações, considerando inclusive os ajustes que precisam ser realizados no posicionamento estratégico da empresa.
Finalmente, a perspectiva duracional ou temporal consegue ir além das mudanças de reconfiguração e construir uma seleção de redes de relacionamentos empresarial, satisfazendo as necessidades geradas no momento atual, sem comprometer as gerações futuras em suas necessidades potenciais.
As empresas familiares brasileiras estão se engajando fortemente neste novo conceito da sustentabilidade empresarial, em especial aquelas em que há uma nova geração de gestores e empreendedores que começa a assumir a frente dos negócios familiares. Um futuro promissor e mais sustentável já está sendo construído.
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